terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Louco anônimo

“Estive doente
doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até.
Dos olhos que viram mulheres formosas
da boca que disse poemas em brasa
dos nervos manchados de fumo e café.
Estive doente estou em repouso, não posso escrever.
Eu quero um punhado de estrelas maduras, eu quero a doçura do verbo viver.”


(Versos de um louco anônimo, encontrados num sanatório de Porto Alegre e transcritos pelo repórter Caco Barcelos)

Um comentário:

nina g. disse...

Mario Quintana me ensinou que os loucos não são loucos.
só estão nesse mundo ha muito mais tempo que a gente...